Procuradoria da Mulher de Osasco acompanha casos de violência doméstica na quarentena

 Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Osasco tem acompanhado de perto os casos de violência doméstica no município durante a quarentena.

A responsável pelo órgão, vereadora Ana Paula Rossi (PL), mantém contato direto com os órgãos que atuam no enfrentamento à violência doméstica em Osasco – que continuam em atividade.

Nesta terça-feira (21), a parlamentar esteve com a técnica em agravos da Secretaria Municipal de Saúde, Rosana Terrabuio, para tratar do assunto.

De acordo com Rosana, os casos de violência em Osasco durante o período de isolamento social têm sido ainda mais graves do que o habitual. “Quando essa mulher chega aos nossos serviços, ela já vem muito machucada, porque alguém levou, ou porque não consegue mais segurar uma hemorragia e tratar isso em casa”, explica.

No entanto, ela relata queda de 20% na procura pelas vítimas que procuram atendimento em hospitais e unidades de saúde, em função da quarentena.

Segundo a técnica da Prefeitura, existem três grupos específicos que sofrem violência: as mulheres adultas, as adolescentes e as que têm mais de 60 anos.

O atendimento às vítimas acontece por meio de uma rede de proteção, integrada por órgãos de secretarias municipais como as de Saúde, Segurança e Controle Urbano, Assistência Social, Coordenadoria de Políticas para Mulheres, Pessoas com Deficiência, Promoção da Igualdade Racial e Diversidade Sexual, a Polícia Militar e os Conselhos Tutelares.

Rosana Terrabuio lembra que Osasco é uma das poucas cidades da Região Oeste da Grande São Paulo em que a Secretaria de Saúde tem atendido casos de violência doméstica. Mas, como a procura pelo serviço é menor na quarentena, ela defende a criação de mecanismos que levem mais informações às pessoas que queiram formalizar denúncias.

NOVAS AÇÕES

A vereadora Ana Paula Rossi, por meio da Procuradoria Especial da Mulher, tem trabalhado para a criação do Programa de Atenção, Proteção e Defesa da Mulher Vítima de Violência (PRODAMU) e o projeto Guardiã da Maria da Penha (GMP), voltados ao combate à violência doméstica na cidade.

Recentemente, a parlamentar encaminhou uma minuta de projeto de lei ao prefeito Rogério Lins (PODE) . “Foi tudo muito trabalhado e discutido com as pessoas envolvidas na questão da violência à mulher na cidade, dentro de um grupo de trabalho, antes de ser encaminhado”, destaca Ana Paula.

Além disso, a vereadora destinou uma emenda parlamentar para a compra de três viaturas para a Guarda Civil Municipal (GCM). Uma delas será utilizada pelo programa Patrulha Maria da Penha. As outras duas, na Ronda Escolar. A expectativa é que os veículos cheguem à Prefeitura na próxima semana.

ATENDIMENTO

O atendimento na Procuradoria Especial da Mulher da Câmara segue durante a quarentena, mas acontece apenas de forma remota. Denúncias e pedidos de informação podem ser encaminhados para o e-mai: mulher@osasco.sp.leg.br.

CANAIS DE DENÚNCIA

As denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas nos seguintes canais de atendimento:

– 180

– 100 (no caso de violência contra meninas)

– 153 (GCM)

– 190 (Polícia Militar)

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