Frente Parlamentar contra privatização da Sabesp será lançada hoje

O deputado estadual Emidio de Souza realiza, na próxima terça-feira (31), o lançamento da Frente Parlamentar contra a privatização da Sabesp. O ato acontece às 18h, no auditório Teotônio Vilela da Assembleia Legislativa de São Paulo.

A iniciativa tem o apoio de 20 outros deputados de 9 partidos diferentes e de várias entidades do setor de serviços públicos de saneamento básico no país, como Sintaema (Sindicato dos trabalhadores em água, esgoto e meio ambiente do estado de São Paulo), o ONDAS (Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento), o Instituto Água e Saneamento, a Assemae (Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento), a FNU (Federação Nacional dos Urbanitários), a APU (Associação dos Profissionais Universitários da Sabesp), dentre outras.

Proposta de Doria e Rodrigo Garcia, a privatização da Sabesp chegou a ser destacada como tarefa principal de secretários de estado. Em agosto de 2021, Rodrigo Maia, então secretário de Projetos e Ações Estratégicas, admitiu que a sua principal incumbência na administração estadual era organizar a privatização da companhia. “A questão da Sabesp é uma coisa simbólica, organizar a privatização, a concessão, deixar isto organizado (…) que será uma marca importante de minha gestão”, disse ele na ocasião.

A entrega da maior estatal de SP à iniciativa privada não é aceita pela população. Pesquisa Ipespe divulgada em abril revelou que a maioria dos paulistas é contra a privatização da Sabesp. Segundo o levantamento, 46% dos entrevistados acreditam que, em caso de privatização, a tarifa de água e esgoto irá aumentar.

Para a criação da Frente Parlamentar, o deputado Emidio de Souza elaborou um manifesto endossado por entidades do setor. No documento, o parlamentar afirma que a companhia é superavitária e a iniciativa do governo não se justifica. “A Sabesp é uma empresa lucrativa. Em 2021, em meio à crise gerada pela pandemia da Covid-19, a empresa apresentou um lucro de R$ 2,3 bilhões aos seus acionistas – um aumento de 137% em relação ao ano anterior, segundo os dados da própria companhia. Se dá lucro, qual a razão de se querer vender?”, questiona Emidio.

“A maior preocupação do Governo Paulista deveria ser o cumprimento das metas do Marco Civil do Saneamento para a oferta de água e esgoto tratado à população do Estado e não a privatização de uma empresa público-privada que se apresenta lucrativa”, afirma o deputado.

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