Pré-candidato a deputado Dr. André Sacco vai defender a atualização da tabela do SUS

Após quatro mandatos como vereador na Câmara Municipal de Osasco e uma campanha como vice na chapa do ex-prefeito Celso Giglio, o Dr. André Sacco anunciou sua pré-candidatura a deputado federal pelo PSDB.
Na disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília, o médico fará dobradinha com a pré-candidata Bruna Furlan que, após três mandatos como deputada federal, anunciou sua candidatura à Assembleia Legislativa Paulista.
Na semana passada recebemos o pré-candidato em nossa redação. Confira a entrevista exclusiva que ele concedeu ao Jornal A Rua:

O senhor pode falar um pouco da sua história com a cidade de Osasco.
Eu estou em Osasco há quase 60 anos e tenho 69 anos de idade. Estou aqui desde 1963, e nessa trajetória eu fiz muitas coisas pela cidade. Sou médico há 42 anos, desde 1980. Comecei na Clínica Oswaldo Cruz, fui presidente de uma Associação Médica de nossa entidade aqui da cidade, a Associação Paulista de Medicina – Regional Osasco. Me inseri na campanha do Celso Giglio quando ele foi candidato a vereador e, a partir daí, houve uma integração. Eu o conheci quando ele era cirurgião no Hospital Montreal e ele me fez o convite para ingressar na política. Comecei a discutir saúde pública desde então, isso antes mesmo da constituição de 1988. Desde então, sempre fui muito ativo no ambiente político da cidade. Principalmente discutindo as políticas públicas de saúde. E, a partir dessa discussão, conhecendo o Dr. Celso, fui eleito vereador em 1996, para meu primeiro mandato.

O que fez o senhor aceitar esse convite para disputar uma cadeira na câmara dos deputados, em Brasília?
Eu já fiz muitas campanhas e muitas caminhadas pela cidade. Coloquei a minha cadeira de médico do lado da cadeira dos meus pacientes e comecei a conhecer os problemas e os sentimentos deles. Com isso, consegui entender as necessidades da nossa população. Eu sempre ofereci aos meus pacientes as melhores medicações, o melhor tratamento. Mas eu não sabia se eles teriam dinheiro para comprar o remédio e fazer o tratamento. Por isso comecei a me integrar mais às questões da sociedade osasquense. Fui vereador por quatro mandatos, fui candidato a deputado estadual e a deputado federal. Fui candidato a vice-prefeito na campanha do Dr. Celso, em 2016, e fui secretário da saúde também. Por isso me sinto preparado e estou muito animado para ir para as ruas apresentar novamente o meu projeto.

O senhor foi acusado, preso e absolvido por inexistência de fatos, ou seja, não houve crime praticado. Como o senhor vê esse episódio da sua vida pública?
Em 2016 houve uma agressão muito forte envolvendo meu nome. Mas, graças a Deus, eu tive a oportunidade de me defender e tive a sentença de absolvição pela inexistência de fatos, o que significou e que significa para mim que tudo aquilo que aconteceu não deveria ter acontecido. Foi um erro do Estado e nós vamos cobrar do Estado por esse erro. Não estou apontando o dedo para ninguém, mas houve um grande erro. Nas minhas quatro legislaturas eu produzi muitas coisas boas. Alguns aspectos legais, as leis da Câmara Municipal não interferem no executivo mas delimitam algumas normas. Fui um vereador atuante e sempre tive uma atuação em favor do munícipe. Tanto é que defendi para Osasco, na minha última legislatura, quase 700 milhões de economia patrimônio público, impedindo que os terrenos da CMTO, lá na Franz Voegeli, um terreno lá na Narciso Sturlini, o terreno da própria prefeitura, de outorga onerosa, fosse desperdiçado. Aí veio essa decisão da justiça que doeu muito. Foi muito pesado para mim, para a minha família, para meus assessores e amigos mais próximos. Mas, me sinto de honra lavada, graças a Deus e graças à justiça que foi feita, e corrigiu essa injustiça. Importante dizer que durante todo o processo eu me mantive afastado. Hoje me sinto digno de continuar minha caminhada.

O senhor acredita que sua campanha, e possível eleição para o cargo, irá reavivar o PSDB em Osasco?
O PSDB deu uma chacoalhada grande na última eleição, mas eu permaneci no partido. Recebi muitos convites de outros partidos, tanto da direita quanto de partidos da esquerda. Eu recebi convites de todos os partidos praticamente, para ingressar novamente no processo partidário e eu aceitei o partido do PSDB. Sou filiado ao partido desde a época do Dr. Celso Giglio. Esse convite veio pelo governador Rodrigo Garcia e outros nomes do partido, como o Marco Vinholi e o Claudio Piteri, além do prefeito Rogério Lins, da própria Bruna Furlan e do prefeito de Barueri, Rubens Furlan.

Qual o peso do apoio da pré-candidata a deputada estadual Bruna Furlan e do prefeito Rubens Furlan?
Eu aceitei o convite do PSDB porque achei essa parceria com a Bruna, que é pré-candidata a deputada estadual, muito saudável. Ser parceiro da Bruna, que é uma política extremamente ágil e experiente, que ajudou a construir muito em seus três mandatos como deputada federal. E o prefeito Rubens Furlan, que é um prefeito brilhante na área da saúde. E eu falo da área da saúde porque eu conheço. Barueri foi a primeira cidade a ter o Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS) do Brasil. Com isso, aceitei essa missão de ser pré-candidato a deputado federal pelo PSDB junto com a Bruna Furlan que vem agora como estadual. Tenho muito a aprender com ela e vejo como uma oportunidade ímpar de colocar novamente meu nome como opção dos eleitores, não somente na cidade de Osasco, mas de toda a região Oeste.

Além da Bruna e do prefeito Furlan, quem são seus aliados na região?
Já conversei com o prefeito Furlan (Barueri) e com o prefeito Sato (Jandira). Vou conversar com o Marcos Neves (Carapicuíba). Enfim, estou conversando para fazer tratativas com vários prefeitos da região Oeste e com a sociedade da região.

Como o senhor vê a urgência de aumentar a representatividade da região Oeste da Grande São Paulo, tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal, em Brasília?
Nós temos mais de um milhão e meio de votos na nossa região. Precisamos ter um deputado federal eleito, representando a nossa região. Nós temos condições de eleger quatro ou até cinco deputados federais. Espero poder continuar esse projeto, em Brasília e garantir essa representatividade. A Bruna trouxe muitos recursos para a região Oeste. A população precisa entender a importância de votar nos candidatos da região. Temos um dado interessante, nesse sentido, porque cerca de 450 mil votos válidos saem daqui para candidatos de outras regiões. Não estou criticando, porque isso é legítimo. Mas, é importante que as pessoas entendam a importância de eleger representantes que conhecem os problemas da sua cidade e que vão olhar para eles, quando eleitos.

Quais são os pilares da sua pré-candidatura? Poderia elencar quais são as principais propostas de campanha?
Minha principal proposta é relacionada à área da saúde. Precisamos lutar para corrigir a remuneração que o SUS paga aos municípios. Com isso, teremos uma melhora importante no desenvolvimento da saúde. Por isso precisa melhorar esse pagamento. E eu não falo isso só em relação aos médicos. Eu falo isso em benefício de toda a saúde, da equipe médica, dos enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, equipe administrativa… todos precisam receber uma remuneração melhor. Outra questão é o voto distrital, porque eu defendo que o voto seja feito dentro de um limite perimetral, para aproximar o eleitor do seu deputado. Isso é bom pra todos. Todo mundo ganha e isso também barateia as campanhas.

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