Centrais Sindicais repudiam suspensão do piso salarial da Enfermagem

Conclamamos uma ampla mobilização em defesa dos trabalhadores/as da Enfermagem, pela derrubada da liminar do ministro Barroso

Os trabalhadores e trabalhadoras da Enfermagem foram surpreendidos neste domingo (4) pela decisão liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, que suspendeu a Lei 14.434/2022, que fixou o piso salarial nacional para a categoria.

Atendendo ao pedido da CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços), a decisão é um grave ataque aos trabalhadores do setor que lutaram por quase 30 anos para a garantia deste direito. É uma ofensiva também contra todos e todas que puderam sentir e provar a importância desses profissionais durante a pandemia e agora nesse período de continuidade dos casos de Covid-19. 

Para justificar a decisão, o ministro aceitou os argumentos unilaterais da patronal que ameaçou demissão em massa e sobrecarga na rede de atendimento caso o projeto seja mantido. Uma alegação que não encontra amparo nos dados do setor e nas discussões que embasaram a aprovação pelo Congresso Nacional.

Como afirma o Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) todos os estudos sobre os impactos orçamentários foram devidamente apresentados e debatidos com todos os entes da União, Estados e Municípios, de maneira plural e transparente junto ao Congresso Nacional, sendo considerado viável a aprovação do Piso Salarial e sua implementação no sistema de saúde público e privado.

Daí que também não se justifica o veto que Bolsonaro fez ao sancionar a lei, negando o reajuste anual do piso.

A Lei 14.434 é uma luta histórica de enfermeiras/os, técnicos/as de enfermagem, auxiliares e parteiras de todo o país, que recebem baixas remunerações e, principalmente, no último período, foi a categoria mais afetada pela pandemia, seja com perda de vidas e adoecimento físico e psicológico.

A garantia de um piso salarial nacional é um direito da categoria. Conclamamos uma ampla mobilização em defesa dos trabalhadores/as da Enfermagem, pela derrubada da liminar do ministro Barroso, para que as entidades públicas e privadas de Saúde cumpram a nova lei nos estados e municípios, e para que o Congresso derrube o veto de Bolsonaro.

Central Sindical e Popular CSP-Conlutas

Intersindical Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

Intersindical Central da Classe Trabalhadora

Pública – Central do Servidor

UGT – União Geral dos Trabalhadores

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