Estudantes visitam Estação de Tratamento de Esgoto de Barueri

Na última semana os estudantes do curso de Agente de Desenvolvimento Socioambiental, da Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente de Barueri (Sema), visitaram a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Barueri, da Sabesp, localizado no bairro Aldeia de Barueri. Eles foram conhecer de perto o processo de tratamento e sua importância para o meio ambiente e para a qualidade de vida dos moradores. O curso tem parceria com a Fundação Instituto de Educação de Barueri (Fieb).   

O engenheiro ambiental da Sema Guilherme Librete de Oliveira conta que a visita mostra aos estudantes, em primeiro lugar, os impactos negativos do lançamento de esgoto não tratado diretamente em córregos ou rios. “Para tratar o esgoto, é necessário a implantação de uma grande infraestrutura de saneamento. Na visita foram abordados os processos de como o esgoto é coletado, tratado e destinado após o tratamento, além de algumas tecnologias utilizadas atualmente”, afirmou.   

ETE Barueri 
Na ETE Barueri é realizado o tratamento do esgoto em um sistema de lodo ativado, que é um tipo de tratamento aeróbio. A unidade funciona desde 1988, atende 7,7 milhões de pessoas e foi projetada para servir parte da cidade de São Paulo e de oito municípios: Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Santana de Parnaíba e Taboão da Serra. 

É considerada a maior Estação da América Latina, tratando aproximadamente 16 m³ por segundo, em média (um metro cúbico equivale a mil litros). O processamento realizado na ETE Barueri evita que o esgoto in natura e poluente seja lançado diretamente no rio Tietê. Além disso, uma parte do esgoto tratado é utilizado na própria estação como água de reuso. Somente com essa iniciativa, preserva-se diariamente mais de 8 milhões de litros de água potável que poderiam atender uma cidade de 50 mil pessoas.   

O processo de tratamento 
O tecnólogo da Sabesp Fabio de Moraes explica com mais detalhes o processo de tratamento. “O primeiro processo é, basicamente, retirar o resíduo grosseiro contido no esgoto, por meio de um sistema de gradeamento, e a areia através de caixas de separação. Depois, o esgoto passa por um processo de decantação e, na sequência, por um reator com aeração, onde ocorre o processo biológico de remoção de matéria orgânica”, explica. 

No caso de um sistema de lodo ativado, continua Moraes, esse processo biológico é realizado por microrganismos aeróbios, ou seja, que utilizam oxigênio. São gerados materiais sólidos que necessitam ser removidos, separando-os do líquido. Uma parte do líquido é lançada no rio e outra parte é filtrada e desinfetada para utilização como água de reuso. 

“O lodo também passa por digestão anaeróbia, de onde é produzido gás, utilizado em parte para aquecer o digestor. Uma outra parte a gente está estudando a possibilidade e a viabilidade de ser utilizado como mais uma fonte de energia combustível”, destacou. 

Ainda de acordo com o tecnólogo, “o tratamento de esgoto é fundamental para a saúde das pessoas e do meio ambiente. O saneamento básico reduz a mortalidade infantil e traz uma série de benefícios na redução de doenças”.  

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