A. J. Barros resgata a história da África em romance de intrigas, mistérios e verdades

O escritor brasileiro documenta em O Portão do Não Retorno, lançado pela Geração Editorial, como o continente africano foi saqueado durante 400 anos pelo chamado mundo moderno

“A humanidade apagou a história da África”, afirma o romancista brasileiro A. J. Barros, que acaba de lançar seu terceiro romance, O Portão do Não Retorno, publicado pela Geração Editorial (368 páginas). “Foi a África que fez toda a riqueza do mundo moderno”, diz Barros, autor de O Conceito Zero (2006) e O Enigma de Compostela (2009), também editados pela Geração. “Todo poder e riqueza atuais têm um gene da escravidão”, completa. Como nos dois livros anteriores, o novo é uma narrativa policial cheia de suspense, mistérios e ação, resultado de rigorosas pesquisas e longas viagens, o autor resgata a história da África.

“O norte-americano Dan Brown costuma fazer uma pesquisa histórica leve e às vezes estapafúrdia para dar um toque de intelectualidade às suas tramas mirabolantes, que o transformaram em best-seller planetário”, escreve o editor Luiz Fernando Emediato sobre o livro. A. J. Barros “vai além”, observa Emediato: “passa dez anos pesquisando o fundo histórico de suas tramas de mistério e um dos resultados é este inusitado romance que entretém e maravilha o leitor com histórias e História”. E arremata: “Poucos autores, no mundo, conseguiram tais resultados”.

Na orelha do romance, o escritor Nelson de Oliveira lembra que, “acomodado no luxo que acumulou com a escravidão, o mundo branco se viu de repente sendo cobrado pelos milhões de vítimas da escravidão atlântica, pela destruição de sociedades e reinos evoluídos e pelo roubo de riquezas que deram origem ao desenvolvimento econômico do mundo atual”. Ele continua: “Este é sem dúvida um romance empolgante, que flui com rapidez, enquanto atropela o leitor com os perigos inesperados que Maurício [personagem do livro] tem de superar”. Segundo Nelson de Oliveira, “por meio de um thriller de ação internacional envolvendo espionagem e terrorismo, a narrativa nos diverte e nos educa a respeito da trágica história dos povos africanos”.

O leitor vai percorrer uma África sofrida, exótica e misteriosa em cenas cinematográficas de tensão, medo e perigo, na paisagem de países vítimas de sequestro e escravidão, apropriação de bens artísticos e saber científico e intelectual. O romancista detalha: “Durante mil anos mergulhada na escuridão das trevas, a Europa cristã se transformara num animal cruel e selvagem, que viu na predação a maneira mais fácil de romper a miséria da qual tentava sair”. Ele se emociona, toma fôlego e continua: “Foram quatrocentos anos de raptos, destruição de reinos, de sociedades organizadas, de culturas avançadas. Todas as nações europeias se concentraram no único objetivo do rapto humano, numa união de forças nunca vista, contra a qual a África não tinha defesa”.

O ponto de partida do romance é o assassinato de um amigo de Maurício, na sede da Irmandade dos Homens Pretos, no largo do Paissandu, centro de São Paulo. Maurício quase chega a tempo de salvar seu amigo, que em seus últimos suspiros, Geraldo lhe passa uma missão enigmática.. Na busca dos assassinos, Maurício acaba se envolvendo numa intriga internacional de mistério, ação, suspense e perigo. Um thriller inusitado e surpreendente que consolida A. J. Barros como o maior escritor brasileiro do gênero.

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