Corregedorias investigam ação policial que terminou com morte de suspeito em Osasco e comemoração de Tenente

Órgãos da PM e da Polícia Civil vão apurar denúncia feita por Direitos Humanos e Ouvidoria da Polícia de que PMs são suspeitos de executar homem em Osasco e delegado ter deixado de pedir perícia. Tenente comemorou ação no Facebook.

As corregedorias da Polícia Militar (PM) e da Polícia Civil apuram a ação policial que terminou com a morte de um suspeito de roubo em Osasco, na manhã do último sábado (2). Os órgãos querem saber se os policiais militares, que participaram da ação, e o delegado, que registrou o caso, cometeram, respectivamente, excesso ou algum ato ilegal.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), “o caso é investigado pelo Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa de Osasco. A PM instaurou um inquérito policial militar para apurar todas as circunstâncias relativas ao caso. As corregedorias das duas instituições acompanham as investigações.”

O caso chegou às corregedorias depois que a Ouvidoria da Polícia recebeu denúncia do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) para que os órgãos da PM e da Polícia Civil apurassem a conduta dos agentes após o site UOL divulgar reportagem sobre o assunto.

Direitos humanos

Segundo Ariel de Castro Alves, integrante do conselho de direitos humanos, é preciso apurar se os policiais militares executaram o suspeito e porque o delegado deixou de pedir perícia no local onde o homem foi baleado.

“Vi que as testemunhas são só PMs. Um traço comum nos casos de execuções e em confrontos forjados”, declarou Ariel. Segundo ele, a Ouvidoria pediu laudo do local, balístico e necroscópico.

O caso foi registrado no 10º Distrito Policial (DP) como roubo e resistência seguida de morte decorrente de intervenção policial. O nome do suspeito não foi informado no boletim de ocorrência.

Após ser procurado pelo conselheiro do Condepe, o ouvidor Benedito Mariano encaminhou a denúncia para apuração das corregedorias da PM e Polícia Civil.

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