Barueri poderá perder R$ 300 mi em arrecadação a partir de 2020

Cauê Rigamonti

Barueri poderá perder aproximadamente R$ 300 milhões por ano a partir da aprovação, pela Câmara dos Deputados, na segunda-feira (2), do texto base que altera a forma com que é recolhido aos municípios o Imposto sobre Serviços (ISS). A principal perda à cidade será em relação às empresas operadoras de cartão de crédito – nas transações, a cobrança do ISS devido passará a ser no local onde o consumidor faz a compra, não mais onde a empresa de cartão está instalada. A lei prevê um prazo de três anos para a transição, a partir de 2020. 
O ISS é hoje a maior fatia de arrecadação de Barueri, e na cidade estão instaladas empresas do setor como o Santander, Alelo e Elo. Mesmo assim, o prefeito Rubens Furlan não demonstrou preocupação maior com a perda de arrecadação, e se disse surpreso com a aprovação da medida da forma com que aconteceu. “Não existe ainda um planejamento porque a gente não esperava que fosse aprovado agora como foi, numa segunda-feira à tarde, lá na Câmara Federal. Mas já a partir de hoje estou falando com nosso pessoal de Finanças para fazer um levantamento, e acredito que é possível a gente fazer economia em alguns setores sem prejuízo na qualidade dos serviços que estamos prestando”, avaliou.
Para ele, a nova regra é injusta. “Toda vez que fala em reforma tributária, eles pensam em tirar dinheiro de cidades como Barueri. Porque em carga tributária é preciso pensar principalmente como desonerar a produção de nosso país, como é que nós vamos cobrar menos impostos e sermos mais justos. O Brasil é um dos países que mais cobra impostos no mundo, e que presta os piores serviços. Do jeito que eles estão querendo fazer, vão empobrecer o estado de São Paulo e destruir o Brasil”, afirmou Furlan. “Eu acho que os parlamentares de lá tem que ter um pouquinho de juízo para prestar mais atenção nas bobagens que eles estão fazendo”, finalizou o prefeito.
O texto tem que voltar a ser debatido no Plenário da Câmara pois há 11 destaques ao relatório final. Após a análise dos destaques, o texto ainda tem que ser aprovado no Senado este ano para que a mudança entre em vigor em 2020.

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