Barueri realiza fertilização in Vitro gratuita no Centro de Diagnósticos

As estatísticas apontam existir de 10 a 15% da população em idade fértil no mundo com necessidade de algum tipo de reprodução assistida para poder gerar filhos. Embora não haja números mais precisos, há uma demanda considerável de pessoas necessitando de ajuda da ciência e da medicina para realizar o sonho de ter um filho ou uma filha.

Nesta perspectiva, a Prefeitura de Barueri, por meio do Centro de Diagnósticos, implantou, desde dezembro do ano passado, o Projeto Especial Diagnóstico e Tratamento de Fertilização in Vitro (FIV), iniciativa para ajudar quem deseja engravidar, mas precisa de apoio.

De lá para cá, foram feitas 11 FIVs e três coitos programados (quando é feito o acompanhamento do ciclo menstrual da paciente e orienta-se o melhor momento para a relação sexual do casal). Atualmente, 34 pacientes estão aguardando o início dos procedimentos e outros 20 já estão em tratamento (quatro em andamento e 16 aguardando período fértil).

Ampla estrutura
Com uma estrutura ampla, o setor conta com equipes médicas de embriologistas, de enfermagem especializada, mais anestesista. Sem contar a estrutura administrativa que envolve o trabalho como um todo. “Tem um corpo grande para gerir tudo isso, de uma maneira que flua bem para o paciente como se fosse num hospital mesmo”, disse Augusto Bussab, médico especialista em reprodução humana e responsável pelo programa para tratamento de casais inférteis do Centro de Diagnósticos de Barueri.

“Em 2018 ou 2019, na Suécia, do tanto de nascidos vivos, 50% era por fertilização in vitro. Algo bem estabelecido no mundo, muito seguro”, comentou Bussab. Mesmo assim o médico alerta que a fertilização in vitro é um procedimento médico: “tem riscos, é um tratamento bem sensível, tem que trabalhar com alguém altamente capacitado”.

Além das questões técnicas, há a questão da relação da equipe médica com o paciente. Bussab ressalta que “estamos tratando com uma família, com um casal bem sensibilizado. Então temos que trabalhar de um jeito que não a deixe constrangida e passe segurança com relação à seriedade do trabalho”.

Injeção de espermatozoides
O método de fertilização mais utilizado nos procedimentos é o chamado ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides), desenvolvido na década de 90. “Cerca de 99% dos casos são feitos nesta técnica”, disse Bussab.

A técnica consiste em inserir um único espermatozoide diretamente no interior do óvulo, de modo que o gameta masculino não precise romper a membrana exterior do gameta feminino. É diferente do método tradicional de fertilização in vitro, que deixa o espermatozoide fecundar o óvulo naturalmente na proveta de vidro.

A outra técnica, além da FIV e do coito programado, é a inseminação intrauterina (ou inseminação artificial), mas é muito pouco utilizada na rede.

Gravidez “de primeira”
O casal Bruno e Ingrid Verissimo, do Jardim Mutinga, passou pelo processo na rede de Barueri. Hoje cuidam e curtem a gravidez de Ingrid, que acaba de completar 15 semanas. “O processo foi muito bom, contamos com um médico excelente e muito atencioso, além de conseguir com facilidade alguns exames e as medicações necessárias. Essa oportunidade oferecida pela Prefeitura foi maravilhosa”.

Bruno fez questão de elogiar a equipe. “A escolha do médico foi certeira, pois contamos com um profissional excelente. Gostaria muito que o projeto fosse adiante e possam ajudar outros casais a realizar o sonho de serem pais”, completou.

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