Artesp alerta sobre cuidados ao conduzir carretinha engatada nas rodovias

O reboque deve atender as especificações determinadas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) como tamanho e equipamentos de segurança  

São Paulo, 08 de dezembro de 2022 – Nem sempre as malas e cargas que o motorista leva em sua viagem de férias cabem no carro e, neste caso, a saída é lançar mão de uma carretinha, comumente vistas nas rodovias. No entanto, este tipo de veículo tem regras a serem obedecidas, desde o tamanho até os equipamentos, como para-choque, luzes de freio, além de registro no Detran como qualquer outro veículo. Além disso, os cuidados para dirigir em rodovias devem ser redobrados. A ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo reúne aqui algumas informações que vão ajudar quem quiser usar esse equipamento. 

Conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as carretinhas ou reboques devem vir equipadas com vários itens de segurança como: para-choque traseiro; protetores das rodas traseiras; lanternas de posição traseiras de cor vermelha; freios de estacionamento e de serviço; luzes de freio na cor vermelha; iluminação de placa traseira; lanternas indicadoras de direção traseiras e faixas refletivas fixadas nas laterais e na traseira do veículo nas cores vermelha e branca. Transportar este tipo de equipamento fora das especificações exigidas é passível de multa no valor de  R$ 195,23, além de perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). 

Em relação ao tamanho, o indicado é que o motorista considere as suas necessidades no momento da compra (pode ser para levar carga, motocicleta, bicicleta ou até jet sky), para que não ultrapasse as laterais e que esteja devidamente amarrada para não comprometer a segurança de seu veículo e de quem vem atrás. A distribuição do peso também é importante para garantir estabilidade aos veículos. Em relação à extensão, de acordo com o  CTB,  o estipulado é de até  2,6 metros de largura máxima e 4,4 metros de altura (a partir do solo). Outro detalhe é que só podem utilizar carretinhas veículos com capacidade máxima de tração com peso bruto de até 3.500 kg.

“Trafegar  com uma carretinha acoplada ao veículo  envolve a segurança também de quem vem atrás e ao lado, pois requer um pouco mais de habilidade e cuidados na pista. Para evitar contratempos, é importante seguir o que determina o CTB em relação a tamanho, peso e documentação, além de como conduzir este tipo de equipamento para garantir a segurança de todos que usam as rodovias paulistas”, enfatiza  Walter Nyakas Júnior, Diretor de Operações da ARTESP .

Dicas de direção segura

Além da atenção aos equipamentos de segurança obrigatórios, dirigir veículos engatados a reboques requer mais cuidados por parte dos motoristas, e de quem vem atrás.  Confira algumas dicas importantes:

  • Ultrapassagem: É aconselhável evitar ultrapassagens, pois o desempenho do motor é impactado pelo aumento do peso. O aumento no comprimento do veículo, já que além dele há mais cerca de 3 metros da carretinha,  aumenta o tempo de ultrapassagem além de exigir distância maior para retorno à faixa original. 
  • Curvas: Reduza a velocidade nas curvas e evite fazer movimentos bruscos no volante.
  • Estacionar/parar: O reboque não obedece aos mesmos comandos do volante do carro. Portanto, para parar o veículo vire a direção para a direita para que o reboque vá para a esquerda. Fique sempre de olho no espelho retrovisor. 
  • Motorista que vem atrás: Preste atenção especialmente nos movimentos da carreta em função do tamanho, carga (se está bem amarrada) e sinalização como setas e luzes de freio (que são obrigatórias). 
  • Limite de velocidade: Ao contrário do que se pensa, um carro com reboque deixa de ser considerado um veículo leve e passa para a categoria de “veículo pesado”, e o limite de velocidade é o indicado para estes casos.
  • Distribuição de carga: a distribuição da carga transportada, com centro de gravidade mais baixo e peso distribuído, ou seja, com mais objetos em contato como o fundo da carretinha, ajuda a evitar a perda de controle do veículo.
  • Uso de corrente: é recomendável a utilização de corrente ligando o veículo à carretinha para garantir que não haja desprendimento da carga.

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